O Festival Literário de Porto de Galinhas, ou simplesmente FLIPORTO, que em 2009 realiza sua quinta edição, tem como objetivo valorizar e divulgar a literatura produzida na América Latina, em um grande festival à beira da praia, celebrando a cultura e o fazer literário. Dentro da programação, que por si só já chama a atenção, um prêmio acabou fisgando a equipe da Artrio Produções, produtora de audiovisual da cidade de Rio Branco, Acre: O III Prêmio Internacional de Poesia ao Vídeo. Explico. Atualmente trabalhando em um documentário sobre um teatrólogo acreano, a equipe da Artrio viu no prêmio uma possibilidade de divulgar o trabalho que vem realizando, haja vista o teatrólogo em questão também era poeta e um dos vieses do documentário seria uma versão interpretada, em vídeo, de suas poesias. De fato, quando a produtora tomou conhecimento do festival e do prêmio, a poesia interpretada que encaminhou como concorrente ao prêmio já estava gravada e em fase de edição. Feitos os ajustes exigidos pelo regulamento do Festival, o vídeo foi encaminhado e, com muita expectativa, as informações sobre classificação para votação pública foram aguardadas.
Ao ser divulgado o link da internet para votação pública, a surpresa. O vídeo intitulado “Poema sem título”, encaminhado pelo membro da Artrio Bruno Miranda, não era o vídeo que a produtora tinha realizado. Ou seja: ao clicar na imagem e no título da poesia que a equipe da Artrio produziu, o usuário não assistia ao vídeo “poema sem título”, mas sim era encaminhado para uma página do Youtube que hospedava um vídeo concorrente.
Ao verificar o erro, a equipe da Artrio Produções entrou em contato com os organizadores do Festival através de e-mails, telefone e até mesmo o twitter. E não obteve nenhuma resposta do Festival. Por telefone, o velho “vou estar encaminhando para o setor responsável”, que no fim não se responsabilizou por absolutamente nada. E como o erro não foi corrigido, o público não teve acesso ao vídeo e, portanto, não pôde decidir se o mesmo tinha méritos para o prêmio ou não. O que é injusto por si só. A equipe conhece sua capacidade e reconhece o bom trabalho que realizou, e saber disso não é demérito para os outros concorrentes. E por ser um bom trabalho, a equipe entende que merecia ter sido avaliado não só pela coordenação do festival, mas pelo público, o alvo do prêmio e júri final. E divulgado o resultado, obviamente o vídeo produzido pela equipe acreana não constava entre os vencedores. Ao verificar o resultado parcial, disponibilizado pelo festival em seu site, o vídeo não teve um voto sequer. Claro. O vídeo do concorrente, para o qual você seria redirecionado ao clicar, já tinha sido visto, pois vinha antes na ordem de votação.
A equipe da Artrio Produções, em momento algum, entende que foi prejudicada pela qualidade do concorrente, até porque o vídeo em questão está entre os premiados. O fator prejudicial resvala simplesmente no fato de que, ratificando, seu vídeo não pôde ser visualizado. A produtora entende que foi prejudicada pela (des)organização do festival, que além de cometer um erro grosseiro, não corrigiu a lambança ao ser acionada pela equipe, nem tampouco se desculpou com nenhum dos membros da Artrio que entraram em contato para informar o erro.
Apenas para não silenciar o desrespeito e o descaso, a Artrio Produções vem por meio desta deixar uma nota de repúdio ao Festival Literário de Porto de Galinhas e sua organização, que se presta à divulgação da cultura literária mas pratica um desserviço aos fazedores de cultura quando ignora uma reclamação de erro de programação em um site. Que não se sabe porque motivos escusos não se deu ao trabalho de corrigir o erro. E o pior, claro. Não se manifestou, não se desculpou e não agiu diante da injustiça que seu erro causara.
Artrio Produções
Rio Branco, Acre, 05 de Novembro de 2009.
*
Para conferir o vídeo “Poema sem título”, produzido pela Artrio, clique aqui.
Para conferir a página da Fliporto, com o link errado, clique aqui.
Para mais informações sobre o documentário O Teatro de Betho Rocha, filme do qual o vídeo foi extraído, clique aqui.
Ao ser divulgado o link da internet para votação pública, a surpresa. O vídeo intitulado “Poema sem título”, encaminhado pelo membro da Artrio Bruno Miranda, não era o vídeo que a produtora tinha realizado. Ou seja: ao clicar na imagem e no título da poesia que a equipe da Artrio produziu, o usuário não assistia ao vídeo “poema sem título”, mas sim era encaminhado para uma página do Youtube que hospedava um vídeo concorrente.
Ao verificar o erro, a equipe da Artrio Produções entrou em contato com os organizadores do Festival através de e-mails, telefone e até mesmo o twitter. E não obteve nenhuma resposta do Festival. Por telefone, o velho “vou estar encaminhando para o setor responsável”, que no fim não se responsabilizou por absolutamente nada. E como o erro não foi corrigido, o público não teve acesso ao vídeo e, portanto, não pôde decidir se o mesmo tinha méritos para o prêmio ou não. O que é injusto por si só. A equipe conhece sua capacidade e reconhece o bom trabalho que realizou, e saber disso não é demérito para os outros concorrentes. E por ser um bom trabalho, a equipe entende que merecia ter sido avaliado não só pela coordenação do festival, mas pelo público, o alvo do prêmio e júri final. E divulgado o resultado, obviamente o vídeo produzido pela equipe acreana não constava entre os vencedores. Ao verificar o resultado parcial, disponibilizado pelo festival em seu site, o vídeo não teve um voto sequer. Claro. O vídeo do concorrente, para o qual você seria redirecionado ao clicar, já tinha sido visto, pois vinha antes na ordem de votação.
A equipe da Artrio Produções, em momento algum, entende que foi prejudicada pela qualidade do concorrente, até porque o vídeo em questão está entre os premiados. O fator prejudicial resvala simplesmente no fato de que, ratificando, seu vídeo não pôde ser visualizado. A produtora entende que foi prejudicada pela (des)organização do festival, que além de cometer um erro grosseiro, não corrigiu a lambança ao ser acionada pela equipe, nem tampouco se desculpou com nenhum dos membros da Artrio que entraram em contato para informar o erro.
Apenas para não silenciar o desrespeito e o descaso, a Artrio Produções vem por meio desta deixar uma nota de repúdio ao Festival Literário de Porto de Galinhas e sua organização, que se presta à divulgação da cultura literária mas pratica um desserviço aos fazedores de cultura quando ignora uma reclamação de erro de programação em um site. Que não se sabe porque motivos escusos não se deu ao trabalho de corrigir o erro. E o pior, claro. Não se manifestou, não se desculpou e não agiu diante da injustiça que seu erro causara.
Artrio Produções
Rio Branco, Acre, 05 de Novembro de 2009.
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Para conferir o vídeo “Poema sem título”, produzido pela Artrio, clique aqui.
Para conferir a página da Fliporto, com o link errado, clique aqui.
Para mais informações sobre o documentário O Teatro de Betho Rocha, filme do qual o vídeo foi extraído, clique aqui.
Um comentário:
Sacanagem da organização do festival. Aproveito para dar meu voto pessoal ao vídeo. Muito bom, sensível e inteligente. Parabéns à Átrio pela produção. Que não se deixem abalar pelas injustiças cometidas, nosso trabalho é nosso trabalho e isso não podemos deixar de fazer. Sucesso e avante.
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