Hoje, 20 de novembro, é Dia da Consciência Negra. Uma data emblemática, criada principalmente em prol da conscientização em relação a histórica dívida do homem branco para com o negro. Uma dívida que resultou em anos da repetição de um emblemático padrão sócio-cultural e suas típicas reações. Em outras palavras, sofre-se hoje o resultado de anos de negligência não só com os negros, mas todas as pessoas que, por força maior do destino (ou dos que aqui mandam), convivem com a miséria e, pior, com o descaso.
Dia da Consciência Negra pede um esforço que subverta em ações positivas o tal racismo brasileiro -disfarçado por essas plagas em discriminação de classes - e todas suas variações discriminatórias: do branco para o negro, do negro para o branco, do judeu para o palestino, do palestino para o judeu, do paulista para o baiano, do gaúcho para o acreano e, como não pode deixar de ser, do acreano para os bolivianos.
Em tempo : na foto estão Zumbi, o mulato e imortal Machado de Assis e uma negra escrava dos tempos da Lei dos Sexagenários - uma das tantas leis abolicionistas que foram implementadas gradativamente para não "quebrar a economia".
Vale lembrar que ainda hoje, o trabalho escravo de fato ainda é prática comum em muitos rincões brasileiros, donde seres humanos são tratados como pequenas marionetes mambembes, presos ao fino fio que resta da dignidade humana em tentar, de alguma forma, ganhar o pão - que no caso, nunca vem.
Janu Schwab
é colaborador do Catraia
Um comentário:
posts, nunca mais?
sahushauh
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