A voz dos Nati Voz ecoando no Varadouro

Por Manu Falqueto, Aluna da Oficina de Jornalismo Cultural

Guitarras expostas no Festival Varadouro pela Nati Voz

“Por enquanto é a melhor coisa aqui do Festival”, disse Rafael no último final de semana, durante o Festival Varadouro, no stand da exposição de instrumentos do grupo Nati Voz da Amazônia. As exposições aconteceram durante o festival em umas tendas perto do palco onde as bandas dão o show para os fãs que ao mesmo tempo em que ouvem as músicas circulam pelas tendas conhecendo o trabalho de grupos como os meninos que produzem os instrumentos.

O grupo expôs violões, cavaquinhos, badolim, guitarras e o inédito baixolão de seis cordas. O instrumento é uma invenção deles, que procuraram misturar violão com baixo. Jardel, um dos quatro integrantes da Nati Voz, disse que a novidade já tem vários admiradores e também como músico atestou a qualidade do produto.

O legal dos instrumentos é que são construídos pelo grupo somente com residuos de madeiras. Ou seja, aquele pedaço de madeira louro-abacate, cedro, rouxinho, precisosa, marupá que as madereiras tem e não vão utilizar vendem para eles que com muita dedicação fazem os instrumentos. É a reciclagem da madeira para a realização de arte e musica. Os instrumentos que além de expostos também estiveram a venda no festival já conquistaram clientes como o ex-ministro da cultura, Gilberto Gil, que em sua ultima visita ao Acre ao passar pela Usina de Arte João Donato adquiriu um violão.

Luthier, segundo Jardel, é um termo françês destinado as pessoas que confeccionvam instrumentos musicais, e o expositor disse que os quatro integrantes do grupo Nati Voz além de músicos são Luthier legitimos.

“É uma oportunidade muito boa, porque aqui estamos divulgando nosso trabalho em um evento de música. Estaremos sendo reconhecidos por gente que toca e entende de instrusmentos.”, disse Jardel sobre a exposição realizada no Festival Varadouro.

Foto: Talita Oliveira