A vocalista não falava nada, o guitarrista não respondia, a baterista preferia não tocar no assunto e a baixista apenas dizia que iria escrever uma declaração em seu blog pessoal. A coisa parecia feia para o lado da banda das meninas e do menino. Os boatos em torno da saída de Giselle Lucena, a baixista da Blush Azul chegavam nos ouvidos como se fossem solo de guitarra desafinada.
A saída da moça, que além do contrabaixo, utilizava-se de lápis e papel para escrever grande parte das composições da banda, foi assunto indigesto entre os envolvidos. Ninguém tocava no assunto até o meio da semana. Os comentários eram tantos que a banda resolveu fazer uma reunião de emergência no Catraia para explicar tudo. Isso prova a importância que a banda tem no cenário musical independente de Rio Branco.
Na reunião ficou claro que tudo entre eles se resolveu amigavelmente, pondo abaixo as versões pitorescas que voavam por aí. Segundo a própria Giselle, seu afastamento da banda se deu por motivos pessoais, envolvendo trabalho e estudos - ela está concluindo o curso de Jornalismo. Para os outros integrantes ainda está sendo difícil pensar em ir adiante. Fica sempre aquela dúvida. É difícil terminar parcerias que dão certo.
Mas o rio segue o seu curso e a catraia não pode parar. A Blush Azul já pensa em possibilidades para preencher o vazio deixado pela colega. "Temos algumas pessoas em mente, mas as coisas ainda estão muito indefinidas" diz Kaline Rossi, baterista da banda, enquanto reforça a continuidade do projeto, mantendo a configuração que tornou a banda conhecida: três meninas e um menino.
Foto: Renato Reis
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