segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

...E continuou a gritar e ecoar.



O segundo dia do Festival Grito Rock veio pra fazer barulho e mostrar que roqueiros também sabem pular. Começando antes da hora, Survive, a primeira banda da noite, ficou prejudicada. O público ainda nem tinha chegado quando eles começaram a tocar, mas tudo por um motivo maior, mostrar a força do heavy metal acreano Brasil afora.

A segunda banda a se apresentar foi a Dream Healey, e com a força de um furação eles começaram com uma longa introdução, e rapidamente fizeram os presentes irem ao delírio. Com suas musicas em inglês, guitarras rápidas, e um vocal versátil, que conseguia ir da nota mais aguda até a mais grave em poucos segundos, eles fizeram um show de arrepiar. A noite já começou com cara de fina, casa lotada indo ao delírio. Até o guitarrista da banda Cremè du Citron, Pablo Barroso, fez uma participação como backing vocal em uma das musicas.

Falando em Cremè du Citron, esta banda deliciosa entrou no festival de ultima hora e mostrou que palavras não são necessárias para se fazer um bom som. “A gente toca Jazz, é diferente, mas é bom”. Mas definitivamente não é só Jazz que os cariocas tocam. Sempre brincalhões, eles caminham por todos os ritmos, ultrapassam os rótulos e conseguem agradar gregos e troianos. Com uma guitarra divertida, um baixo expressivo e uma bateria poderosa, eles fazem musica instrumental de qualidade. “Gente acabou o show. Meio “deprê”, não é?” anunciaram, mostrando que uma hora o doce acaba. De fato, meio “deprê”.

Quando a Silvercry entrou no palco, logo se percebeu que ela não era uma banda qualquer. Os integrantes não estavam vestidos com o usual preto, mas nem por isso faziam menos barulho, pelo contrário, mostrava maturidade em suas músicas e faziam um heavy metal pra ninguém botar defeito. O vocalista conseguia brincar com todas as notas, oscilando entre momentos melódicos e raivosos. Fecharam o show com “Hey”, que conseguiu superar as outras musicas, fazendo muita algazarra.

Mas barulho mesmo fizeram os meninos do Branco ou Tinto. Animados, eles não conseguiam ficar parados. Fizeram solos no meio do público, brincaram, elogiaram a cidade e deram um verdadeiro espetáculo, profissional e apaixonante. Suas letras pareciam pequenas histórias que nos fazem imaginar (ou viajar). Na música “Todos culpados” eles fazem uma reflexão sobre o comportamento do homem moderno e aplaudiram os “loucos da sociedade”, os diferentes que se importam com as outras pessoas.

Porém, a noite foi mesmo dos paulistanos da SomoS. De uma forma bem inusitada eles entraram no palco, tocando tambores, pandeiros, uma gaita-de-fole e cantando músicas carnavalescas. Mas logo que pegaram suas guitarras e baixos os meninos mostraram que não estavam ali para tocar marchinhas. Com músicas como “De Chinelo” e “As Francesas”, mostraram que têm um som diferente, numa mistura de Strokes com Porcas Borboletas. Eles animaram a festa e com muita criatividade fizeram o flutuante balançar. E criatividade certamente é a palavra chave para esse show já que os garotos fizeram de tudo. Revezaram instrumentos, fizeram concurso e chamaram quem quisesse para tocar com eles, improvisando uma música. Uma grande bagunça que deu certo e fechou o festival com chave de ouro.

5 comentários:

Italo Rocha disse...

"Velas tem cheiro de cemitério..."
Sei naum heim...

Unknown disse...

Na moral cara, o show deles foi muito bom. Pirei demais em velas tem cheiro de cemitério. Sem contar o cover do Hendrix, foi a cereja do bolo!

Anônimo disse...

me amarrei em "Confissão sem culpa"
a banda é muito boa...

Anônimo disse...

Branco ou Tinto..

Assesoria de Comunicação disse...

Valeu pelo carinho...
a galera do acre e do coletivo catraia sao demais, esperamos nos reencontrar em breve.