quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Coletivo Etnia realiza oficina gratuita de graffiti

André Gonzaga (Assessoria FEM)

Os artistas graffiteiros Claudeney Alves, Jessé Luiz e Tiago Tosh apresentaram o resultado de suas criações urbanas na exposição coletiva Etnias, no ano passado. Multiplicar essa forma de expressão é a ideia para 2012. Para isso, o trio se junta e ministra a oficina Etno Graffiti, na Biblioteca da Floresta, de 17 de fevereiro a 12 de abril.


A atividade é também o momento de fortalecer o Coletivo Etnia, criado pelos Três Graffiteiros. “A capacitação de novos artistas pode ajudar a impulsionar um movimento que ainda é tímido no estado, despertar a curiosidade das pessoas e, quem sabe, ajudar na descriminalização da imagem que muita gente ainda tem do cara que faz graffite”, sugere Claudeney Alves. Os alunos aprenderão sobre a história do graffiti, técnicas de desenho, sombra, corte, stencil e muito mais.

A neutralidade dos muros, paredes e estruturas de aço da cidade transforma-se em campo fértil para a criação de personagens. Dá lugar a cores e mensagens que sugerem a reflexão de questões sociais. E o agente responsável por isso é, ou pode ser, o graffiti. “Eu acho muito bonito! Gosto porque é criativo e tem representação com a questão delicada em que o rio está. Também me identifico com a idéia do regional”, comenta Arison Jardim, estudante de jornalismo. “Queremos abordar a identidade dos índios, dos saberes dos povos do Acre”, explica Tiago Tosh, artista.

O diretor da Biblioteca da Floresta, o professor e jornalista Marcos Afonso, fala da criação de uma dinâmica que dê espaço para os segmentos que atuam na periferia. “É preciso dar visibilidade para que a arte feita dentro das comunidades saia para abraçar a cidade inteira. Hoje o graffiti é reconhecido como movimento de expressão, arte e estética. Há até algo em comum com o nosso trabalho, já que também promove o diálogo entre os saberes”, conclui.

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