Instituições realizam audiência pública sobre o processo de revitalização do Casarão como espaço transformador da cultura acreana
Rose Farias
Rose Farias
O Conselho Estadual do Patrimônio Histórico e Cultural (CEPHC) e o Governo do Estado, por meio do Departamento de Patrimônio Histórico e Cultural da Fundação de Cultura e Comunicação Elias Mansour realizam no próximo dia 8, terça-feira, às 9 horas, no Teatro Plácido de Castro, uma audiência pública sobre o processo de revitalização e funcionamento de um dos mais importantes ícones da vanguarda cultural acreana, O Casarão, tombado como patrimônio histórico, artístico, arquitetônico e cultural do Estado do Acre, em 2009.
Daniel Zen, presidente do Conselho de Patrimônio explica que esse tipo de consulta é importante para que a comunidade interfira de forma democrática em processos que envolvem entre outras ações a revitalização de espaços culturais. A idéia com a audiência, além de procurar dar publicidade ao processo de revitalização é o de colher a opinião da sociedade civil sobre o funcionamento do espaço cultural, como um ambiente que abrigará as diversas linguagens artísticas-culturais, retomando com o conceito de memória social, de identidade como espaço que promoverá o respeito à diversidade cultural e à criatividade humana.
“É importante a participação dos cidadãos nessas audiências no sentido de orientar a tomada de decisão sobre a revitalização desse importante patrimônio cultural, e seus respectivos desdobramentos. O que for deliberado com a audiência pública será de natureza consultiva, para o fim de orientação e fundamentação sobre o funcionamento desse espaço como elemento transformador da arte e da cultura acreana”.Durante a audiência será apresentado o projeto arquitetônico de revitalização do Casarão e a proposta de uso e destinação do mesmo após revitalização. Em seguida acontecerá o debate subsidiado por intervenções, perguntas, dúvidas e propostas, a serem apreciadas com a participação do público.
A estrutura da audiência será composta por uma mesa diretora, uma tribuna e um plenário, cuja composição será feita por ato do presidente do Conselho Estadual do Patrimônio Histórico e Cultural. A mesa será composta por um moderador, que é o presidente do CEPHC, pela primeira secretária, representada pela Chefe do Departamento do Patrimônio Histórico e Cultural, Suely Melo, e pelo segundo secretário, que é o Secretário Executivo do CEPHC, pelo requerente da Audiência, no caso, o relator do processo, o historiador e conselheiro Gerson Albuquerque e pelo representante da equipe técnica que atuou no processo de tombamento.
“Será privilegiada a ampla participação da sociedade. Esse é um instrumento de conscientização comunitária. Iremos utilizar uma metodologia de esclarecimento
referente ao que foi o processo de tombamento e, a partir dele, como tem se constituído a revitalização, privilegiando o debate efetivo sobre matéria relevante. As conclusões dos debates serão registradas em ata e encaminhadas, para constarem em todo o processo”, explica Daniel Zen.
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