quarta-feira, 6 de maio de 2009

Filomedusa: pelas ondas do Acre para as ondas da VIVO



Depois de participar do Projeto Conexão VIVO em Belo Horizonte, a banda volta com horizontes abertos e muito bem falados. De cachaças, pães-de-queijo, prédios, entrevistas, camarim e o maior público que a banda já tocou, eles justificaram ter vindo de tão longe pra tocar aqui, diz Raul Sampaio, do blog O DISCO. Abaixo a entrevista que Saulinho fala sobre o movimento da música autoral acreana, sobre a força dos coletivos independentes e claro, sobre a Filomedusa:






" Vou fazer um paralelo do que rolou no lance da música autoral lá [no Acre]. Teve um movimento muito importante na década de 70, o Plural Sonora, que a galera fazia música autoral e conquistava um público. Já na década de 80, teve um outro movimento, com o Grupo Capu e Heloy de Castro. Mas nos anos 90 ficou um rombo na produção cultural-musical acreana muito grande, naquela época em que o pagode tomou conta de tudo. Já então em 2000, a gente teve uma influência muito grande de algumas bandas que vinham produzindo um trabalho autoral, que estavam dizendo alguma coisa e que tinham a intenção de fomentar outra galera, acreditando que podia e pode dar certo. Através de bandas como Camundogs, uma banda que tem 11 anos, e os Los Porongas, começou a surgir uma nova lógica em Rio Branco, pois passamos, de uma certa forma, a acreditar no nosso trabalho, através das nossas músicas, das letras e do que dizemos em cima do palco. Não estamos falando besteira, a gente está falando o que acontece com a gente e com todo mundo." (...)




"Montamos a banda, gravamos um EP, começamos a mandar o material e articular com os coletivos das outras cidades. Assim, convites para os festivais foram aparecendo. No ano passado rolou de tocar na virada cultural, no palco para os independentes, o palco da Abrafin, no qual cada festival indicava uma banda, e o Grito Rock de Cuiabá nos indicou. Foi muito legal, que a gente foi para São Paulo e conseguimos articular em uma semana, com outros coletivos de outras cidades, para tocar e fazer uma mini-turnê.(...) Há 10 anos atrás, uma banda tinha que se fuder para rodar pelo país e hoje é bem mais fácil"

fotos do álbum de viagem do Saulinho ;-)

Nenhum comentário: