segunda-feira, 14 de abril de 2008

Acreanos da Survive Vencem uma Batalha!

Max, da Survive: que venha a Alemanha!

bado passado foi o dia da seletiva Rio Branco do Wacken Metal Battle Brasil. Realizado na Afeletro, a batalha entre bandas contou com a presença dos acreanos do Metal Live, Fire Angel, Dream Healer, Survive, Martires e da brasiliense Harllequin. O evento atrasou. Esperei três horas. O lugar escolhido era bem espaçoso e bem estruturado, e por isso a impressão que se tinha era que não havia muitas pessoas prestigiando o evento.

Metal Live foi quem abriu os trabalhos do festival. Era bastante visível o nervosismo de todos em cima do palco. E o som não estava ajudando, mas os técnicos estavam empenhados a corrigir os erros e hammers. O vocalista Renato reclamou no meio do show que eles estavam sendo prejudicados por isso, mas acredito que quando a banda é boa e está bem ensaiada dificilmente um problema técnico interfere no seu show.

Logo depois a Fire Angel toma o palco. A banda, que é liderada pelo Joãozinho, um dos pioneiros da cena metaleira do Acre, fez juz ao nome e incendiou a platéia com um heavy metal clássico, de visível influência de Iron Maiden. Bem ensaiada e com ótimas músicas e boas melodias, fizeram um show redondaço.

Respeitada pelos seus mais de quinze anos de heavy metal no Acre, era a hora da Dream Healer tomar o lugar entre a parafernália de som. Liderada por Igor Alves e trazendo na formação o guitarrista Beto - na minha opinião um dos melhores guitarristas do metal acreano -, a banda fez um bom show, com direito a um vocal rasgado e mostrou ao seu público, sempre fiel e sempre presente, que ainda tem vigor de banda nova.

O momento que antecedeu a subida da Survive ao palco foi de muita ansiedade. A mais nova queridinha do Metal acreano e representante do Coletivo Catraia na seletiva, fez juz ao favoritismo e simplismente destruiu tudo (no bom sentido) e fez, sem duvida, o melhor show da noite. Duas guitarras bem trabalhadas, bateria agressiva com ótimo trabalho de pedal duplo, baixo grave e pulsante e vocal extremo reforçaram na Survive o semblante de campeã.

Quando Mártires subiu ao palco, já havia muita ansiedade no ar. Mesmo sendo uma das bandas mais novas de cena metal da cidade, se mostrou bem empenhada em fazer uma boa apresentação. A banda tem garra. Mesmo sabendo que há muita água para correr nesse rio, a banda tem futuro.

Encerrando a batalha, foi a vez da brasiliense Harllequin, de Mário Linhares (ex Dark Avenger), de deixar registrado seu som. Infelizmente não pude ficar para assistir. Mas até o carro – e durante um bom tempo, enquanto me afastava pela rua – ainda ouvia guitarras, baixo e bateria pesando no ar.

O evento foi muito bom – e precisamos de mais desses por aqui. O resultado da batalha foi duro. A cena metaleira do Acre é intensa e tem ótimos músicos. E por isso mesmo, vencendo a etapa Rio Branco, com vaga para a próxima batalha em São Paulo e visando a disputa na Alemanha, deu Survive.

Saulo Machado,
além de gestor do Núcleo de Sonorização do Catraia, é
guitarrista da Filomedusa e um cara que está ansioso
para tocar Brasil a fora na mini-turnê da sua banda.



ENTREVISTA: MAX DEAN, DA SURVIVE
Grhoaaaaaaaaarrrrrr!!!
por Diego "Dito" Mello

Nascida há quase dois anos, formada por amigos da mesma igreja (sim, os meninos do som pesado são religiosos) e que compartilhavam, além do gosto pela leitura da Bíblia, o mesmo gosto pela música, em pouco tempo a Survive se firmou como uma das melhores bandas do Acre. Com apresentações no Festival Varadouro, no Grito Rock Acre e Cuiabá, apontadas como revelação por muita gente e agora vencedora da etapa acreana da Wacken Metal Battle, a história da banda se confunde com a da já tão comentada efervescente cena alternativa de Rio Branco.

No sábado, a Survive foi a quarta banda (de cinco outras boas bandas) a subir no palco. Estavam confiantes, porém, nervosos e ansiosos. Após o show do Harllequin, o corpo de jurados divulgou a banda selecionada. Eram eles. A Survive! Os integrantes da banda foram tomados por uma enorme emoção: gritaram, se jogaram e comemoraram muito. Numa conversa virtual, o vocalista Max Dean falou um pouco da emoção da noite de sábado. E que venha São Paulo. E depois, Alemanha.

Catraia - Max, vocês esperavam a vitória ?

Max - Cara, não esperávamos! Mas tinhamos nossa fé firmada em Deus. E se fosse a vontade dele, ganharíamos, porque demos nosso máximo nesse evento. E agora daremos além do máximo em São Paulo, para representar a cena metal do Acre.

Catraia - Ao ver os shows das outras bandas e ao compara-los tecnicamente e performaticamente, você imaginou que a vitória tava garantida? ou as outras bandas tiveram um nível padrão?
Max - Cara, todas as bandas botaram a Afeletro [local onde se realizou o evento] abaixo! Foi incrível! Então, todas estavam no mesmo nível. Todas as bandas ensaiaram muito para o Metal Battle e representaram muito bem o metal Acreano, sem dúvida!

Catraia - E para São Paulo? Vocês têm idéia de quais bandas irão enfrentar por lá? Vocês estão preocupados com o nível técnico e de certa forma "grosseiro" das bandas do resto do Brasil? Se sentem intimidados?
Max - As seletivas acabam na próxima semana, ainda tem mais cidades para realizar o WMB. A gente vai fazer o que faz cara, ta nas mão de Deus. Acho que hoje em dia, uma banda não tem que ser só técnica, mas ela tem que expressar o que toca. E é isso que a gente tenta fazer! As bandas acreanas, hoje em dia, não estão perdendo em nada para bandas nacionais.

Catraia - O que passou pela sua cabeça quando saiu o resultado ?
Max: Passou: "Grhoaaaaaaaaaaaaaaaarrrrrr!!! A gente vai pra são Paulo!" (risos)

3 comentários:

Irlla Narel disse...

Ele falou certo: a gente. Pq eu tv vou. hahaha

Unknown disse...

ain que legal !!
então, MAIS sorte pra eles!
A irlla é a primeira dama não se metam !
hehe.


\w/ metaaaaaaaaaaaaaaaaaaal!

Glauber Jansen disse...

Massa, é isso ai survive... Parabéns... e Destruam "Sampaulo".
o/