segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Um balanço do Balanço


Apesar de alguns contratempos - "tudo programado" como disse Adaildo Neto - no início do primeiro show, o "Balanço da Catraia" conseguiu atingir seu objetivo: movimentar o circuito de bandas independentes do estado.

A primeira banda a subir ao palco foi Capuccino Jack, que, fazendo seu primeiro show autoral com apenas algumas semanas de ensaio, surpreendeu muitos dos presentes com melodias e letras agradáveis, além de lançar uma nova música, com nome ainda indefinido. Levando-se em conta o tempo em que estiveram parados, os integrantes deixavam transparecer o nervosismo. "O importante não é o primeiro show, é fazer o segundo melhor" disse Hugo Costa, baixista da banda, ao término do show.

Em seguida Alienados S/A começa seu show. A banda, considerada por muitos a banda da noite, demonstrou segurança e interação no palco, e anunciou, inclusive, que futuramente estará trocando de nome. Os integrantes mostraram empolgação e provaram que têm potencial para estarem mais ativos na cena do estado. Com um repertório
de sete músicas, que agradou à maioria dos presentes, fizeram barulho tocando uma versão mais pop de "Um violeiro toca", composição de Almir Sater.

Confesso que sou suspeito para falar da terceira banda da noite, então pedi aos integrantes que cometessem algum erro durante o show para que, ao menos uma vez, eu pudesse criticá-los friamente. Não adiantou. A Marlton arrebentou mais uma vez. Apesar de isolado, Gláuber Jansen - guitarrista da Nicles, que teve poucos dias de ensaio para assumir temporiariamente o baixo - desempenhou bem seu papel de baixista. Dito, vocalista, teve que fazer uma troca de guitarra no meio da introdução - retirada do filme "Requiem for a dream", mas nada que atrapalhasse o conjunto da banda. Rafael se deliciava na bateria e Rodrigo parecia estar, ainda, sob o palco do Varadouro, pulando de um lado pro outro. A última música, "Estocolmo", mostra que a banda vem conquistando um espaço e um público cada vez maior na cena independente do estado.

A Camundogs foi a última a se apresentar e conseguiu, literalmente, fazer o flutuante balançar.
Tocaram parte do repertório que vinham utilizando no projeto Acústico em Som Maior - o que incluiu a versão deles de "Diga lá rapaz" - mas deixaram a viola caipira de lado. Destaque para a performance de Gilberto Lucas, guitarrista, que desceu várias vezes do palco tocando guitarra bem junto do público; e para o convite improvisado feito ao Dito para cantar "Espelhos" com Aarão. O "Balanço na Catraia" acaba com uma música que traduz todo o evento: "Em paz".


*colaboração de Rodrigo Oliveira, do Núcleo de Sonorização do Coletivo Catraia.

Um comentário:

Anônimo disse...

quem num foi perdeu... quem perdeu pode ir no dia 17/11 só digo isso...

enfim...

pra mim foi tudo mto legal desde da minha banda Capuccino Jack, e outras bandas Alienados S/A, Marlton e Camundogs...agora é contar nos dedos para o proximo Balanço na Catraia..

eu tô lá ...