segunda-feira, 11 de março de 2013

Grito Rock 2013 acontece no Acre pela sétima vez.




Depois de integrar todos os estados e regiões brasileiras e extrapolar as fronteiras conectando grande parte da América Latina, o Festival Grito Rock alcança 300 cidades de 30 países diferentes, este ano. Além dos latinos, outros países dos continentes da Europa, Oceania, África, por exemplo, integram-se ao evento.


No Acre, o festival realizado há sete anos, está previsto para acontecer na última semana de março. Em decorrência da intensa fiscalização primando pela segurança nos espaços com aglomeração de pessoas, a organização do evento encontrou algumas dificuldades com relação ao local adequado para a realização dos shows e o que impossibilitou também, devido ao pouco tempo disponível, a seleção de bandas por meio do portal Toque no Brasil, estratégia adotada nos últimos anos onde as bandas se candidatavam às vagas disponíveis para tocar no evento.

Desta forma, os shows acontecem sexta feira, 29/03 no palco do DCE na Universidade Federal do Acre – UFAC com as bandas Mogno, Os Descordantes, Camundogs e Beradelia (RO). Já no Sábado, 30/03, as bandas Martires, ZooHumanos, Kali e os Kalhordas e Filomedusa tocam no Casarão a partir das 22h.

O projeto foi idealizado pelo coletivo Espaço Cubo no ano de 2003 em Cuiabá (MT). Com a criação do Fora do Eixo, em 2005 - o projeto se ampliou de forma conceitual e geográfica, envolvendo produtores de todo o país. Em 2011, o Grito Rock aconteceu em mais de 130 cidades, em oito países, movimentando 2 mil bandas e aproximadamente 200 mil espectadores. Na última edição, em 2012, foram 205 cidades realizadoras, 37% a mais em comparação com 2011, envolvendo a participação direta de aproximadamente 700 produtores culturais, de 15 países diferentes.

Serviço: Grito Rock Rio Branco 2013
Datas: sexta e sábado, 29 e 30 de Março.
Local: Palco do DCE na Universidade Federal do Acre – UFAC e Casarão, Av. Brasil - Centro
Ingressos: UFAC entrada franca e Casarão R$ 10,00.
Patrocínio: YES Aluguel de Carros

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Grupo Usina do Trabalho do Ator se apresenta no Acre com espetáculo gratuito

Por: André Gonzaga ( Assessoria FEM)

A busca desenfreada pelo poder e a ganância são temas do espetáculo “A Mulher que Comeu o Mundo”, do grupo Usina do Trabalho do Ator (UTA), que será apresentado nesta quinta-feira, 26, às 19h30, na Usina de Arte, com entrada gratuita. A obra é financiada pelo Ministério da Cultura (MinC), por meio da Fundação Nacional de Artes (Funarte/Prêmio Myriam Muniz), com apoio do Sesc e da Fundação Elias Mansour (FEM).


As máscaras fazem parte do espetáculo, com um trabalho que privilegia a linguagem gestual, uma narrativa cantada e a pontuação através da percussão, que é realizada com instrumentos incorporados ao figurino.

Depois de perder o pai, um célebre e rico ladrão que vivia em uma pequena cidade, a personagem central do espetáculo se vê sem alternativas para sobreviver sozinha. Filha única, ela está tão deprimida e confusa que, por impulso, esfarela o próprio pai e o come para tê-lo sempre por perto. A história acaba chamando a atenção dos vizinhos e desperta neles uma oportunidade de se aproveitar da situação.


O grupo ainda levará o espetáculo para os municípios de Senador Guiomard, Xapuri e Porto Acre.

Ao perceberem que ela não conhece o valor real do dinheiro e que está disposta a trocar toda a sua fortuna por comida, eles começam a fazer as vontades da moça em troca da sua riqueza. “A Mulher que Comeu o Mundo” celebra os 20 anos da UTA. O grupo fez uma pesquisa sobre o universo das máscaras, propondo um trabalho que privilegia a linguagem gestual, a narrativa pela música cantada e a pontuação através da percussão, que é realizada com instrumentos incorporados ao figurino.

PROGRAMAÇÃO

Rio Branco
Dia 25/07 - Calçadão do Mercado Velho – 18h30 – (Avenida Epaminondas Jacome - Margem esquerda do rio Acre - Frente ao Armarinho Badate)


Dia 26/07 - Usina de Arte – 19h30 – (Avenida das Acácias, Distrito Industrial)

Senador Guiomard
Dia 27/07 - Praça Fontenelle de Castro – 18h30 – (Avenida Castelo Branco em frente ao Quartel da PM)

Xapuri
Dia 28/07 - Praça São Gabriel - 18h30 – (Rua 24 de janeiro em frente a Igreja Católica)

Porto Acre

Dia 29/07 – Praça do Centro da Cidade – 18h30 – (Rua Ac 10, bairro Nova Porto Acre)

Mais informações pelo site www.utateatro.com

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Aula aberta com João Ripper







Como parte das atividades do projeto 2º Ciclo de Formação em Fotografia, o Pium Fotoclube e a Biblioteca da Floresta promovem, na próxima sexta-feira (13), às 15h, no auditório da Biblioteca da Floresta, uma aula aberta e gratuita com o fotógrafo João Ripper. O fotógrafo irá apresentar seu extenso trabalho de documentação humanista, bem como dar dicas de como desenvolver um trabalho autoral.


Imperdível!

Serviço

Aula aberta com João Ripper
Data: 13/07/2012 (sexta-feira)
Horário: 15h
Local: Auditório da Biblioteca da Floresta
Grátis

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Músico Heloy de Castro se apresenta nesta sexta-feira na Escola Acreana de Música

André Gonzaga (Assessoria FEM)


Em 2010, Heloy de Castro completou 40 anos de carreira mostrando como é amadurecer sem perder o carisma e a boa forma. Um símbolo de resistência da música acreana - Foto de Talita Oliveira.jpg

O músico Heloy de Castro é o convidado desta semana para se apresentar no projeto Sexta Tem da Fundação Elias Mansour (FEM). O show será na sexta-feira, 29, no auditório da Escola Acreana de Música (EsAM), às 20 horas, com entrada franca. A “Oração do Látex Derramado”, “Acre Syndicate”, “Seringal Remanso”, “Aqui Era o Meu Lugar”, “Última Ceia”, “Bom Destino” e “Beatriz” são algumas de suas canções mais famosas.

Para a nossa sorte, esse mineirinho com cara de paizão escolheu o Acre para criar os filhos e até hoje utiliza a identidade Amazônica como referência para as suas composições. Ele cria metáforas inteligentes para falar do que muitos apenas jogariam para debaixo do tapete, defendendo a natureza, os povos tradicionais do Estado e, claro, o amor.

A natureza, inclusive, é um assunto religiosamente usado em seus trabalhos, algo que Heloy faz questão de alimentar. Na hora de cantar, ele parece ter sempre a interpretação certa, com o seu tom de voz suave e quente, como quem acredita que é preciso ter calma para se fazer ouvir.

O “Revolução Amada”, seu álbum mais recente, inclui participação de vários instrumentistas que fizeram parte de sua trajetória. “Lançado em 2009, o disco demorou cinco anos para ser concluído e, por essa razão, marca o término de um ciclo em minha carreira e o início de vários outros projetos e aventuras pela música”, disse na época.

Uma dessas novas aventuras já dura quatro anos. Com a construção do Espaço Alternativo Palhukas, ele atua no fortalecimento do circuito cultural da cidade e recebe os artistas que precisam de um lugar para apresentarem seus trabalhos. Em 2010, Heloy de Castro completou 40 anos de carreira mostrando como é amadurecer sem perder o carisma e a boa forma. Um símbolo de resistência da música acreana.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Caldo de Piaba e o baterista Jorge Anzol se apresentam no Sexta Tem da FEM

André Gonzaga (Assessoria FEM) 

Por enquanto vamos tocando com os convidados de honra, como o Jorge Anzol, por exemplo. O Anzol que fisgou as Piabas”, brinca o guitarrista Saulinho Machado - foto de Crewactive.
 Os músicos da Caldo de Piaba vão se apresentar nesta sexta-feira, 22, às 20 horas, no auditório da Escola Acreana de Música (EsAM), como programação do projeto “Sexta Tem” da Fundação Elias Mansour (FEM). Jorge Anzol, baterista da Los Porongas, vai acompanhar o trio, que atualmente é formado por Saulinho Machado (guitarra), Arthur Miúda (baixo) e João Gabriel (percussão). 

 De influências regionais, como a “Praia do Amapá” de Jorge Cardoso (que é fã da Caldo de Piaba), até a pancada “I Want You” dos Beatles, o repertório se destaca pela diversidade de ritmos que permite chegar a um maior número de público. Tem um pouco de tudo: lambada, guitarrada paraense, funk, dub, ska, samba e rock. “E também vamos fazer releituras de músicas do Jorge Ben Jor”, avisa Saulinho.

 Em 2010, dois anos depois do início do grupo, eles provaram daquilo que as bandas Los Porongas e Filomedusa haviam realizado [e com sucesso!]. A diferença é que, ao invés do Centro-Oeste e Sul, os destinos foram os estados de Alagoas, Bahia, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, com a turnê “Caldo da Peste, Piaba no Nordeste”. Na volta para o Acre, circularam também pelo interior para promover o seu trabalho.

Além da Caldo de Piaba, o baixista Arthur Miúda também faz parte da banda Mapinguari Blues - Foto de Guilherme Noronha
O resultado desse esforço? Casa-sempre-cheia! Os curiosos se aproximavam e as apresentações ficavam cada vez mais dançantes e divertidas. Não importando se era a clássica “Chorando Se Foi”, do grupo Kaoma, a versão reggae/dub que os músicos fizeram para “Me Libera”, do Djavú, que estourou nas rádios de todo o país, ou ainda as suas próprias composições.


A primeira formação da banda era composta pelo baixista Arthur Miúda, baterista Eduardo Di Deus e o guitarrista Saulinho Machado - Foto de Talita Oliveira 
Na época, Eduardo Di Deus ainda era o baterista e também assumia a função de porta-voz. Em dezembro do ano passado ele deixou a turma. Enquanto não encontram um novo integrante para conduzir a “cozinha”, a Caldo de Piaba experimenta. “Por enquanto vamos tocando com os convidados de honra, como o Jorge Anzol, por exemplo. O Anzol que fisgou as Piabas”, brinca o guitarrista. Ouça no www.myspace.com/caldodepiaba

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Cinema na praça na comemoração do cinqüentenário do Acre

Por: André Gonzaga (FEM)


Rio Acre - Aeroporto Velho - final da década de 1940

A programação do “Um Cinquentenário de Cultura”, coordenada pela Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM), apresenta uma sessão gratuita de cinema no sábado, 16, às 18 horas, na Tenda de Leitura, localizada na praça ao lado da Biblioteca Pública. A exibição será da obra “O Território Federal do Acre 1949”.

O filme mostra a “invenção” do Acre e toda a modernização pela qual o Estado passou nesse período, principalmente na Capital. Espaços como o Leprosário, a Colônia Penal Agrícola e novas escolas foram criadas. Além disso, essa transformação também marca o processo de migração dos habitantes da zona rural para Rio Branco.

A produção é da Medeiros Filmes, realizada a pedido do governador José Guiomard dos Santos (1947 a 1951) quando o Acre ainda era Território. Após a sua morte, a película foi doada pela ex-primeira dama Lydia Hammes, viúva, ao Centro de Documentação e Informação Histórica (CDIH) da Universidade Federal do Acre (Ufac) e hoje pertence ao acervo do Departamento de Patrimônio Histórico do Acre.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Juntos Amazônia reuniu representantes de coletivos e pontos de cultura do Acre

André Gonzaga (Assessoria FEM)

 “O CD não pode ser a finalidade, não pode morrer aí. O músico precisa circular. A gente fala sobre chegar em outros estados, mas o nosso próprio estado não conhece a sua produção”. Essa é uma reflexão de Jussara Almeida, coordenadora de educação integral da Escola Barão dos Solimões, que foi externada durante o Juntos Amazônia, realizado de 5 a 8 de junho, em Porto Velho.

O encontro Juntos Amazônia foi organizado pelo Fora do Eixo (FdE) com a presença de artistas, produtores, coletivos e pontos de cultura do Acre, Amazônia, Roraima, Rondônia e Venezuela - foto de Renato Reis
A ação foi organizada pelo Fora do Eixo (FdE) com a presença de artistas, produtores, coletivos e pontos de cultura do Acre, Amazônia, Roraima, Rondônia e Venezuela. A programação gerou shows musicais e intervenções de teatro, debates, seminários e mesas redondas sobre diversos assuntos, como a economia solidária, integração entre Brasil e Venezuela, a nova cara da cultura brasileira e alternativas para a autogestão de carreira.

Para entender melhor, o FdE é uma rede de comunicação entre os coletivos por onde circulam as bandas que, em apenas em seis anos, passou de quatro para mais de 120 filiados. As reuniões e trocas de conhecimento acontecem, geralmente, por meio das ferramentas disponíveis na internet. O Juntos Amazônia foi o encontro presencial, uma forma de juntar esses gestores para propor atividades conjuntas que promovam, em especial, a produção da região Norte.

A fórmula não é nova, o artista continua tentando promover o trabalho que faz. A diferença é em relação ao pensamento. A mudança de pensamento de que o mercado das gravadores é algo quase que utópico, difícil. Sem procurar crescer e vender o próprio peixe, o mais provável é morrer na praia. Ou se trabalha e encara uma maneira de buscar a sua forma de autogestão ou é esperar outro mercado se estabelecer para que as coisas mudem.

A programação gerou shows de musicais e intervenções de teatro, debates, seminários e mesas redondas - foto de Renato Reis

 Os coletivos de cultura entenderam isso e atuam com um modus operandi de guerrilha, fazendo a circulação das bandas e auxiliando também na construção de políticas públicas. É preciso ocupar espaços no governo, como nas câmaras temáticas e nos conselhos de cultura. “É a cara da nova cultura brasileira que procura se fazer ouvir, ter voz, e ter cada vez mais visibilidade no país por meio de políticas que realmente contemplem a comunidade e os artistas”, comenta Karla Martins, gestora do Coletivo Catraia (AC).

Outra alternativa seria a implantação de microrrotas para escoar a produção e estimular os músicos. “Esse encontro serve pra selar de vez o intercâmbio entre as cidades do norte”, disse Caio Mota, representante da Casa Fora do Eixo do Amazonas. A rota já é utilizada por algumas bandas e possibilita a realização de mini-turnês entre os estados do Acre, Rondônia, Roraima, Amazonas, Pará e Amapá. Mas alguns ainda conseguem chegar mais longe, como a banda Caldo de Piaba que passou por Alagoas, Bahia, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, em 2010, com a turnê “Caldo da Peste, Piaba no Nordeste”. Eles bancaram as passagens e os coletivos de cultura da cidade de destino entraram com a organização do evento, hospedagem, alimentação e o translado. “A rede é uma tecnologia social que possibilita chegar mais longe e ter contato com mais pessoas”, disse o músico e produtor cultural Rafael Bode, do Coletivo Caos (RO).

Coletivos e Pontos de Cultura – a utilização da troca de serviços dos coletivos com a iniciativa privada despertou a atenção dos representantes dos pontos de cultura do Acre. Em Cuiabá (MT), o Espaço Cubo estabeleceu esse tipo de relação com diversas empresas. Eles conseguiam os recursos que precisavam para a realização de projetos e eventos e, em contrapartida, também ofereciam algum tipo de serviço, a chamada economia solidária. O resultado foi a criação do Cubo Card, uma moeda social.

O professor Sérgio Aragão, responsável pelo Ponto de Cultura da Associação de Moradores do Bairro Bento Marques, em Tarauacá, envolve a comunidade nas mais diversas áreas artísticas. - foto de Renato Reis
Para Derivaldo Albuquerque, um dos coordenadores dos Pontos de Cultura do Acre, a próxima tarefa será aplicar, no Estado, as experiências aprendidas e até mesmo trabalhar em parceria com os coletivos de cultura. “Agora a nossa ideia é visitar todos os pontos, fazer um diagnóstico situacional e traçar um comparativo. É preciso entender melhor a funcionalidade de cada um e ver como podemos trabalhar com a ideia de trocas para fortalecer a prática de cada projeto”, explicou.

Projetos como o do professor Sérgio Aragão, responsável pelo Ponto de Cultura da Associação de Moradores do Bairro Bento Marques, em Tarauacá, que envolve a comunidade nas mais diversas manifestações da arte. “Esse intercâmbio colabora para novas ações num processo em rede que pode se tornar infinito. O importante é acrescentar, fazer com que as pessoas se sintam incluídas e ter a possibilidade de criar um ambiente melhor para todos”, comenta

Integração – o venezuelano River Maduro, representante do Coletivo Terapaima Vive, participou do Juntos Amazônia para promover um diálogo entre os dois países. Ele apresentou o seu trabalho, teve acesso a lógica dos coletivos brasileiros e sinalizou interesse de se tornar um colaborador da rede. “É uma luta coletiva e não individual. Juntos somos mais fortes”.

O venezuelano River Maduro, representante do Coletivo Terapaima Vive, participou do Juntos Amazônia para promover um diálogo entre os dois países - foto de Renato Reis

E é com essa mesma força que o FdE deve chegar nesta quarta-feira, 13, para a abertura da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. De que forma será essa participação? “Intensa, acompanhando discussões, realizando coberturas colaborativas e fortalecendo nossas conexões. Serão, aproximadamente, 200 agentes Fora do Eixo de todo o país presentes no evento”, conclui Karla Martins.

Leia + Casa fora do Eixo Rondônia

Acre participa de encontro de artistas e produtores culturais

Escrito por Leandro Chaves - leandrochaves@pagina20.com.br

Juntos Amazônia’ aconteceu em Porto Velho e reuniu representantes de seis Estados brasileiros da Venezuela


Artistas e produtores culturais da Amazônia estiveram reunidos entre os dias 5 e 9 de junho na capital de Rondônia, Porto Velho, para discutir formas de aproximação entre os coletivos de cultura para a construção de atividades conjuntas. O Juntos Amazônia é a primeira edição das etapas regionais do Juntos, encontro nacional do Circuito Fora do Eixo – uma rede presente em todo o Brasil formada por artistas independentes.

No Acre, o Fora do Eixo é representado pelo coletivo de cultura Catraia, que participou do evento ao lado de grupos de Rondônia, Amazonas, Amapá, Mato Grosso e Roraima. O evento também contou com a participação do produtor cultural do coletivo Terepaima Vive, da Venezuela, River Maduro, e de autoridades públicas rondonienses.

Entre as atividades desenvolvidas no Juntos Amazônia estão mesas-redondas, rodas de conversa, shows, intervenções artísticas, mostra de filmes, feira de trocas de produtos e varal fotográfico. As ações foram realizadas na Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé, no Serviço Social do Comércio de Rondônia (Sesc-Esplanada) e na Casa Fora do Eixo, administrada pelo grupo Caos (Cultura e Arte Organizando o Social).

EVENTO discutiu formas de aproximação entre os
coletivos de cultura para a construção de atividades conjuntas


No evento, foram debatidas questões voltadas à autogestão dos artistas e produtores culturais independentes, como pontos de cultura, economia criativa e solidária, mercado cultural, tecnologia social, empreendedorismo e políticas públicas para a cultura.

Fundadora do coletivo Catraia, Karla Martins falou, entre outros assuntos, sobre a necessidade da sociedade civil ocupar espaços não somente com a ação artística, mas também de forma política, com a participação nos conselhos de cultura da região.

Já o venezuelano Maduro não descartou a possibilidade de trabalhar em parceria com o Fora do Eixo. “É uma luta coletiva e não individual. Juntos, somos mais fortes”.

Um dos destaques do evento foi para a produção musical independente, já que a maioria dos participantes desenvolve atividades ligadas a este tema. Sobre o assunto, foi discutida a nova identidade da música brasileira. Artistas e gestores dos coletivos contaram ainda suas experiências musicais e destacaram a importância de fortalecer o cenário alternativo e os festivais realizados no Norte qualificando o processo de trabalho e melhorando as parcerias entre os diversos grupos que atuam na região.

Rio Branco e Porto Velho têm dois dos eventos musicais mais expressivos do Norte, como os festivais Varadouro e Casarão, respectivamente - realizados uma vez ao ano.

Pontos de Cultura

Outra questão bastante debatida no Juntos Amazônia foram os Pontos de Cultura, espaços apoiados pelo Governo Federal para ações em diversas comunidades urbanas e rurais brasileiras. Também funcionária da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM), ligada ao governo do Acre, Karla Martins destacou a importância de se estabelecer atividades culturais nos 22 municípios acreanos por meio do programa.

“Esses pontos são redes muito diversificadas espalhadas por todo o Brasil. Eles sempre existiram. O que houve foi apenas uma aproximação com o Ministério da Cultura (MinC) em relação a investimentos financeiros e técnicos”, esclareceu a gestora.

ATIVIDADES culturais
complementaram a programação do evento

O professor Sérgio Aragão administra um Ponto de Cultura em Tarauacá, a mais de 400 quilômetros de Rio Branco, chamado Formação Cultural e Inclusão Social da Associação de Moradores do Bairro Bento Marques. Para ele, as atividades representam “um jeito de construir laços com a comunidade, democratizando a cultura”. Sobre o encontro, o gestor comenta: “Esse intercâmbio colabora para novas ações em um processo em rede que pode se tornar infinito. O importante é acrescentar e fazer com que as pessoas tenham possibilidade de ter um ambiente cultural melhor para todos”.

Representante da Coordenação dos Pontos de Cultura acreana, Derivaldo Albuquerque também participou do Juntos Amazônia. Ele apresentou as ações a serem desenvolvidas para melhorar o programa no Acre. “A nossa ideia é visitar todos os pontos, reuni-los e fazer um diagnóstico situacional. Pegaremos experiências de outros pontos espalhados pelo Brasil e aplicaremos por aqui. A ideia é entender a funcionalidade e ver como podemos trabalhar com as trocas, para fortalecer a prática de cada espaço”.

Realização e parceria

O Juntos Amazônia é uma realização do coletivo Caos, Fora do Eixo-Rondônia, Circuito fora do Eixo-Amazônia, Partido Fora do Eixo e Universidade Fora do Eixo.

O evento teve parceria do Sesc Rondônia, Secretaria de Estado de Esporte, Cultura e Lazer de Rondônia, Universidade Federal de Rondônia (Unir), Kanindé e Crystal.

Entre os parceiros, estão os coletivos Catraia (Acre), Canoa Cultural (Roraima), Palafita (Amapá), Difusão (Amazonas) e Terepaima Vive (Venezuela), além das entidades Interior Alternativo (IA), Central Única das Favelas (Cufa), Movimento Hip Hop da Floresta (MHF), Grupo de Trabalho Amazônico (GTA), entre outras.